Nós, do Grupo Cabano de Criminologia Crítica, vimos manifestar solidariedade a todas as mulheres vítimas de violência por razões de gênero. Nos últimos dias foi amplamente repercutida a notícia da adolescente vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro, violentada por mais de 30 homens e cuja publicização do ato viralizou na internet.
O estupro é uma das mais representativas formas de subjugação das mulheres, fomentada e justificada por uma cultura machista, misógina e patriarcal, que vilipendia e coisifica os corpos femininos cotidianamente, a cada curtida, risada, cantada, beijo forçado, a cada “não” ignorado.
Essas, todas, são manifestações de violência porque invadem a esfera privada de cada mulher e as limita em seu exercício de liberdade e em sua afirmação de dignidade. Configuram, portanto, violências plurais e cruéis que não mais serão silenciadas.
Estupros não podem ser tolerados e justificados. É preciso estancar a sangria desatada do patriarcado e do machismo, das ações que se manifestam no exercício de poder sobre o outro, das relações de domínio e submissão que impedem que a sociedade estabeleça vínculos fraternos e solidários uns com os outros, independentemente de gênero, cor, etnia, idade e orientação sexual.
Lamentamos e repudiamos todas as formas de violência contra as mulheres e a sua banalização. Acreditamos que o caminho para conter esse cenário desolador, se dá através da educação de gênero, do empoderamento feminino e luta das mulheres e pela desconstrução diária do machismo, por todos nós.
Twig Lopes e Vitória Monteiro (pesquisadoras do Grupo Cabano de Criminologia)
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